Por Redação
14 de maio de 2024Self-checkout: insistir ou desistir?
Varejistas do exterior têm eliminado o autoatendimento que se mostra eficiente no Brasil
As experiências
negativas em algumas redes dos Estados Unidos e da Europa com os caixas de
autoatendimento não poderiam ficar de fora do radar do Congresso Internacional de Supermercados APAS SHOW. Com o tema geral "Vender Mais e Melhor", o painel
"Self Checkout: Eficiência e Experiência", realizado nesta terça-feira (14), foi
conduzido por Caio Camargo, apresentador do Varejocast, e teve a participação
de Bruna Koch Pozzobon, gerente de inovação e desenvolvimento no Grupo Koch, e de José Sarrassini, vice-presidente comercial e de logística do
Savegnago Supermercados.
Os dois
supermercadistas investiram na tecnologia praticamente na mesma época, há cerca
de 8 anos, e relataram seus aprendizados e percepções. Ambos comentaram que, diferentemente
do que se imagina a respeito, os self-checkouts em seus negócios não
substituíram os caixas convencionais, tampouco colaboradores.
Para Sarrassini, trata-se de uma opção a mais para melhorar a
jornada de compra do cliente que não impacta em perdas decorrentes de furtos ou
erros significativas para a loja. Ainda conforme o executivo, um modo de
melhorar a eficiência operacional da tecnologia é adotar a pesagem de FLV no
próprio setor para agilizar a leitura no self-checkout.
Já Bruna comentou que os casos de varejistas estrangeiros que estão abrindo mão da tecnologia são isolados e permeados por decisões envolvendo grandes furtos. De acordo com a executiva do Koch, os caixas de autoatendimentos são ideais para atender um perfil de consumidor bem específico - o imediatista - e podem ser ainda mais eficientes com a orientação de colaboradores com experiência.
O Congresso Internacional de Supermercados APAS SHOW vai até quinta-feira (26) com a presença de convidados dos mais diversos
setores e abrangendo temas que vão de vendas digitais a relacionamentos com
fornecedores e ética e comportamento nas redes sociais.