Newsletter
Receba novidades, direto no seu email.
Assinar
Especial
...
Por Redação
25 de fevereiro de 2025

Como o varejo trabalha diferenças geracionais

Características de consumo distintas somadas para melhorar a experiência de compra

Atualmente há um misto de gerações trabalhando juntas no varejo, e essa diversidade traz experiências e vivências acabam por compor equipes mais complexas, já que cada geração tem características distintas, influenciadas pelo contexto social, econômico e tecnológico em que cresceram. E para atender todas elas, a sugestão do especialista é que o varejo deva trabalhar na motivação e expectativas de cada geração. “Os boomers preferem mais a estabilidade e benefícios sólidos. Os Geração Z priorizam os desafios, propósitos, reconhecimentos e inovações. Por isso é importante entender que cada geração tem um tipo de comunicação. Os mais antigos preferem uma comunicação mais formal e rica em detalhes. Os mais novos preferem conversas mais rápidas e digitais. Estimule a troca de conhecimentos e incentive que eles gerem mais relacionamento para criarem “conexão” e sinergia”, explica.

LEIA TAMBÉM

Assim como acontece com os colaboradores, a realidade de repete entre os consumidores. No varejo, é essencial entender essas diferenças para personalizar a experiência de compra, ressalta Rafael Haddad, CEO da Amo Varejo, plataforma gratuita de banco de talentos que nasceu com a missão de atender as demandas do varejo na área. “Enquanto os Baby Boomers preferem atendimento humanizado e valorizam a confiança nas marcas, a geração X valoriza custo-benefício e qualidade, é pragmática e pesquisa antes de comprar. Já os millenials valorizam propósito e responsabilidade social das marcas, gostam de experiências personalizadas e interativas, e são influenciados por avaliações. Por fim, a geração Z busca marcas autênticas e interativas, valorizando a velocidade e conveniência no atendimento e são menos fiéis a marcas, e mais dispostos a experimentar novidades”, analisa.

Retenção de talentos

Já entre os desafios apontados por Haddad, na retenção de profissionais no varejo, diante deste cenário complexo estão fatores como a alta rotatividade ou turnover. “O setor varejo tem uma das maiores taxas de turnover, pois muitos colaboradores encaram o trabalho como temporário. Falta de plano de carreira, então há a percepção de que há poucas oportunidades de crescimento, o que faz com que os profissionais busquem outros setores”, diz Haddad.

Para solucionar estes gaps, o especialista ponta medidas que podem ser adotadas pelo varejo para reter talentos e trabalhar as diferenças geracionais, como criar um plano de carreira com as funções e comportamentos esperados para cada cargo e dar treinamento e suporte para que os colaboradores alcancem e sejam recompensados por sua determinação e resultados.

Investir em um bom ambiente de descanso, com tvs, wifi grátis, redes de descanso e esteiras para dormir, para períodos de intervalo também são boas práticas. Quanto mais recursos a empresa puder gerar para que a carga de trabalho seja “mais leve” melhor será para o funcionário. “Treine seus líderes para que eles sejam pessoas que realmente serão uma fonte de estímulo, motivação e desenvolvimento para os colaboradores. Crie uma cultura vencedora, com um amplo trabalho de desenvolvimento de líderes e programas de reconhecimento e recompensa, através de metas. Melhore os processos para que as operações sejam mais fluidas e organizadas. Crie canais de escuta ativa e deixe o RH próximo às operações da loja e tenha o hábito de criar reuniões e sempre deixe a comunicação alinhada”, conclui.

Trilha de conhecimento

No quarto episódio da trilha do conhecimento da SuperVarejo, Rafael Haddad, e Álvaro Silveira, diretor do Alvorada Supermercados foram os entrevistados. Durante a conversa, eles abordaram temas relevantes para os supermercadistas, dicas de comunicação efetiva, adaptação de lojas e modelos de consumo. Confira no vídeo abaixo:

Deixe seu comentário